domingo, 31 de julho de 2011

Eu sou, eu sou, eu sou!

Eu sou essa contradição

Essa vontade de ser abraçada e amada, e minuto seguinte de ver o sangue escorrer.

De gritar, de quebrar, de explodir, ao passo que em seguida, posso estar querendo desesperadamente ouvir a música do silencio.

Ok, eu e o silencio não costumamos nos dar bem, ele grita a verdade e muitas vezes não estou em condições de ouvi-la.

Choro e me emociono fácil. Ao mesmo tempo, também é fácil me ver com um sorriso torto e os olhos brilhando se por acaso eu ver um certo alguém na lama, destruído.

Quero viver com todos os meus amigos, numa casa enorme e barulhenta, acordar com brigas, e até o almoço, estarmos todos rindo novamente. Mas quando paro, também quero uma casa pequena, minúscula, no meio do nada, onde tudo que meus olhos possam ver seja criação de algo maior, sem a menor interferência humana excetuando-se meu próprio lar.

Me policio para que meus podres não me vençam. E nem adianta fazer essa cara de esnobe, olhando-me de cima como se eu fosse um ser inferior, fraco, e digno de pena. Sim, tenho podres, invejo, sinto raiva, quero que muita gente se ferre lindamente. Sinto MUITO ciúmes. Mas me policio, porque eles existirem não definem quem sou, mas o que eu faço, falo, penso e principalmente o que eu sinto o fazem. Se minha vontade é de que eles não existam, de não prejudicar os que eu amo, e de que eles não deixem de ter tudo do melhor, então isso é muito mais forte que meus ciúmes, minhas invejas, e minhas magoas.

Todos temos milhões de faces jogadas pelo mar que constitui nosso ser, mas o que nos somos, é aquilo que está numa minúscula ilha deserta no meio do nada, frágil, perdida, mas lá. O que colhemos desse mar, é o que nos faz de fato.

Não faço sentido, não tenho nexo, e nenhum de meus textos tem. Mas é assim que eu sou, e assim que gosto de ser.



"Do I contradict myself? Very well then I contradict myself, (I am large, I contain multitudes.)"

2 comentários:

Grafin disse...

"Eu sou essa contradição"
Tu és mesmo essa contradição? E quer saber? É na contradição que está a mágica! É em chorar e segundos depois morrer de rir. É em querer matar aquilo que se ama!
E as melhores coisas da vida nem sempre fazem sentido! Pensa nisso, Lucy!
(L)

Anônimo disse...

Lindo, sou toda contradição, odeio quando o silencio grita comigo no entanto muitas vezes prefiro seus gritos a voz das pessoas. Sempre com uma vontade tremenda de ser abraçada de ser abraçada, ser amada...