domingo, 30 de maio de 2010

Lacuna Coil - Underdog




Essa é pra você. Sua P*!¬¬' E para todos da sua corja!
Eu juro, pensei muito em abandonar tudo por me sentir assim. Nunca imaginei que estaria tão certa em ir embora!

The Castle XII


Eu te odeio! Eu te odeio com TODAS AS MINHAS FORÇAS!

Eu quero muito, mais que muito vê-la sofrer. Por ser falsa. Por ser duas caras.

Por pior que seja a verdade, jogue-a na minha cara, eu prefiro! É o mínimo que eu peço para aqueles que se atrevem a cruzar os muros do meu castelo.

Eu posso mentir enquanto eu estiver no meu território. Agora você não! Se veio, veio porque quis, então tenha ao menos a decência de dizer a verdade!

Ainda por cima, sei que me olharas e com a maior cara de inocência perguntarás o por quê de minha revolta. Hipócrita.

Diz-me uma coisa, e fazes outra. Sempre tive certeza disso bem no fundo de mim, mas hoje pude comprovar isso.

Odeio-te com todas as minhas forças!

Em meu castelo, não entrarás mais! Meu guarda-chuva que te entreguei a tempos atrás para se proteger da tempestade, pode ficar. É teu agora.

Nada que tenha passado por suas mãos imundas eu quero!

Quero apenas ter a oportunidade sádica de vê-la sofrer mais uma vez. É meu ultimo desejo vindo de ti, odiada intrusa!

sexta-feira, 28 de maio de 2010

The Blood of Cu Chulainn



Sei bem que esta musica foi feita para ser nostalgica. Mas nenhuma musica desse tipo antes conseguiu fazer o que essa faz. Um aparto no peito, uma imagem de um lugar que eu nunca estive (ou ao menos não nesta vida), uma vontade enorme de correr e de arrastar todos os que me cativam comigo. Um lugar onde os meus muros não existem, nem meus espinhos e máscaras.
Por tal motivo compartilho essa musica com vocês agora.
Sei de pelo menos uma pessoa que vai surtar MWHAHAHAH /apanha ta, parei uu'

Explicações desnecessárias.

As pessoas tem um péssimo habito de quererem ser donas de alguém. De um ou de muitos. Donas da atenção, do corpo, da mente e até da alma.

Isso é um erro grave. Todos foram criados para estar no mesmo patamar de liberdade. Em teoria, nascemos iguais, logo, crescemos sem o direito de acharmos superiores aos outros.

Voltando ao assunto principal e não abolicionista (sim, a parte anterior me deixou na duvida se seguiriam meus pensamentos mortais.). É um desejo comum. Por solidão, por gostar de ser o centro das atenção, por gostar de ter o poder, por estar amando demasiadamente alguém e etc. Não importa o motivo, num geral todos gostam da sensação de serem donos de algo. Isso não é só um erro como uma ilusão terrível.

Nunca terá um humano que poderá ler a mente dos outros, e se o fizer será muito mal educado. Nossa mente e alma são livres para irem a onde quiserem, como pássaros. As vezes na mesma área, as vezes vôos que cruzam oceanos.

O texto anterior descreveu bem a relação atual que temos. Não somos mais capazes de cativar ninguém, ao ponto de chegarmos ao cumulo de no mesmo dia já falarmos que alguém é nosso “amigo”.

Amigo, para mim, é uma palavra muito, mas MUITO forte, alguém que te cativas, que te tem sem te obrigar a nada, alguém que você não vai morrer por, mas vai lutar até os últimos segundos de vida para ajudar, por mais insignificante que essa ajuda seja. Alguém que você tem total certeza que também fará o mesmo por ti mesmo que você não pense nisso e não queira isso.

Por isso eu alego que não tenho amigos.

Não por ser arrogante, hipócrita ou falsa. Eu quero ter amigos, mas depois de tantas furadas em que já me meti por “amigos”, o medo de confiar se tornou mais forte, motivo pelo qual criei os muros de meu castelo e deixei crescer os mais afiados espinhos em mim.

E ainda assim, depois de tudo isso, algumas pessoas conseguiram. Cativaram-me. Me deixam em liberdade mas eu volto porque gosto de suas companhias. Sinto saudades. Olho pra algo e me lembro deles.

Ainda tenho medo e por isso digo que não confio (e sempre vai ter um pequeno pedaço de mim, nascido dessas desilusões para me alertar da possibilidade contraria.)

Ainda assim, cativaram-me. Leo, Phil, Kino e Blume.

E agora, parece que alguns tentam fazer o mesmo mas de forma despretensiosa. Não me querem perto mas me querem. Gostam da minha companhia mas não me querem numa coleira de aparências.

Por estas pessoas que eu tive medo de largar tudo. E por estas pessoas que agora largo tudo.

Se as tenho, na minha partida saberei, pois acabarei não indo sozinha. Se eu for, é porque nunca as cativei de verdade.

Uma breve explicação porque sou o que sou, porque digo o que digo e porque estou – neste momento – fazendo o que estou fazendo. E infelizmente sei que para quem serve estas palavras não devem ler.

Paciência também é uma virtude daqueles que querem construir pontes.

Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas

Algum tempo não venho aqui e derramo deliberadamente meus pensamentos em forma de "contos".
Pois bem, não o tenho feito por não ter nada de "novo" ocorrido nesse período que se passou. Mas creio que agora também não seja nada nova, apenas encontrei algo para postar.
Explicarei rapidamente porque nada de novo.
Toda historia tem um fim. Para uns, pode ser bom, para outros nem tanto. E qualquer fim de uma historia na qual nos apegamos é ruim, dói, não queremos que acabe mas sabemos que se continuasse não daria certo. Pois bem. é isso. Uma historia terminou a algum tempo, e eu inutilmente tentei prolonga-la por mais tempo e acabou sendo um desastre.
Erro meu. Teria sido tudo muito mais lindo, mas eu errei em varios pontos como sempre e acabou desse jeito.

E isso não é novo. Não porque acabou antes e eu não notei. Não porque já aconteceu antes e eu ainda assim não notei dessa vez.

Alias, ouso dizer que eu percebi sim. Por medo eu não entendi muito bem o fim, não queria me afastar deles. Mas já era o fim e eu não vi.

A seguir exponho um dos motivos pelo meu medo e minha retirada. No próximo poste, tentarei expor isso da forma que estou mais acostumada. The Castle.



"E foi então que apareceu a raposa:
- Bom dia, disse a raposa.
- Bom dia, respondeu polidamente o principezinho que se voltou mas não viu nada.
- Eu estou aqui, disse a voz, debaixo da macieira...
- Quem és tu? perguntou o principezinho.
Tu és bem bonita.
- Sou uma raposa, disse a raposa.
- Vem brincar comigo, propôs o princípe, estou tão triste...
- Eu não posso brincar contigo, disse a raposa.
Não me cativaram ainda.
- Ah! Desculpa, disse o principezinho.
Após uma reflexão, acrescentou:
- O que quer dizer cativar ?
- Tu não és daqui, disse a raposa. Que procuras?
- Procuro amigos, disse. Que quer dizer cativar?
- É uma coisa muito esquecida, disse a raposa.
Significa criar laços...
- Criar laços?
- Exatamente, disse a raposa. Tu não és para mim senão um garoto inteiramente igual a cem mil outros garotos.
E eu não tenho necessidade de ti.
E tu não tens necessidade de mim.
Mas, se tu me cativas, nós teremos necessidade um do outro. Serás pra mim o único no mundo. E eu serei para ti a única no mundo...
Mas a raposa voltou a sua idéia:
- Minha vida é monótona. E por isso eu me aborreço um pouco. Mas se tu me cativas, minha vida será como que cheia de sol. Conhecerei o barulho de passos que será diferente dos outros. Os outros me fazem entrar debaixo da terra. O teu me chamará para fora como música.
E depois, olha! Vês, lá longe, o campo de trigo? Eu não como pão. O trigo para mim é inútil. Os campos de trigo não me lembram coisa alguma. E isso é triste! Mas tu tens cabelo cor de ouro. E então serás maravilhoso quando me tiverdes cativado. O trigo que é dourado fará lembrar-me de ti. E eu amarei o barulho do vento do trigo...
A raposa então calou-se e considerou muito tempo o príncipe:
- Por favor, cativa-me! disse ela.
- Bem quisera, disse o principe, mas eu não tenho tempo. Tenho amigos a descobrir e mundos a conhecer.
- A gente só conhece bem as coisas que cativou, disse a raposa. Os homens não tem tempo de conhecer coisa alguma. Compram tudo prontinho nas lojas. Mas como não existem lojas de amigos, os homens não têm mais amigos. Se tu queres uma amiga, cativa-me!
Os homens esqueceram a verdade, disse a raposa.
Mas tu não a deves esquecer.
Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"

(Saint-Exupéry ,Antoine de – Le Petit Prince.)