quinta-feira, 7 de julho de 2011

The Castle XV

Eu realmente não sei o que fazer...

Depois de tantos anos, pensei que nunca mais fosse florescer, que nunca mais fosse ligar.

Mas eu floresci e liguei.

Avisei que eu era capaz de me enrolar sozinha, não lhe custava nada ter dito certas coisas antes, teriam ajudado muito.

Eu não teria arrumado as mais belas cores, nem as mais delicadas pétalas para me apresentar. Não teria sumido com os meus piores espinhos. Não teria sido tão hospitaleira assim. Ou pior, eu seria mais hospitaleira, pois saberia exatamente o que se passava.

Quando me proibi de amar, eu amei e me feri. Quando me permiti amar, e fiz de tudo pra ser prudente e me proteger, eu me feri. E finalmente, quando desistir de pensar – já que pra mim, amor é sentimento e sentimentos não são racionais – e deixar tudo simplesmente seguir o fluxo, eu me feri.

Não tive direito a nenhuma pista direito do que se passava, até já ser tarde demais. Toda vez que penso, passo a me irritar, a odia-lo e a me odiar por ter sido idiota. Mas sentimentos não são racionais, e eu me deixei levar, logo, não posso culpar ninguém a não ser eu mesma. O único alerta que deveria ter notado era: Tudo estava dando certo. E desde quando tudo da certo para uma rosa sem flor?

Agora está tentando sair do seu buraco, e achar um caminho. Do fundo do meu coração, espero que consiga. Afinal, uma hora, depois de tanto tropeçar e cair, as quedas se tornam menores, e já não doem tanto.

Não pretendo ir embora, mas enquanto eu estiver fazendo mais um remendo – está se tornando difícil remendar em cima de remendos – eu não serei igual a antes. Alias, não serei mais igual a antes mesmo depois de terminar de arrumar os estragos.

E vou deixar o fluxo seguir, e vamos ver onde isso vai dar...

1 comentários:

Grafin disse...

Nossa, que forte.
Fiquei preocupadinha agora. oo'