quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Sextas - Cap II

E Ai vai a segunda parte dessa merda! XD Nossa, primeira vez que eu coloco a continuação de uma de minhas historias. Tinha que ser a mais lixo pra continuar, ne?!
Anyway, regras de antes. Não me xinguem, por favor! KKKKKK



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Outra sexta feira.

Acordei cansado, preocupado, sem vontade alguma de me levantar. Fiz todo o meu ritual de sextas, era automático. E irritei-me quando notei que continuava a me arrumar.

Deixei de passar perfume propositalmente. Sai mal humorado e cheguei ao escritório sem dizer nada para ninguém.

-Bom dia Dr. Corbie...Os Professores. – Não a deixei terminar e apenas entrei no meu escritório, já sabendo quem estava dentro e preparado para mais uma manha chata.

Foi uma manha como todas as outras de sexta, mas era irritantemente diferente. Parecia tudo pior que nunca.

A tarde chegou e eu estava sentado em minha poltrona, novamente observando a rua. Meus olhos a procuravam sem minha permissão sem serem capazes de encontra-la no meio de tantos adolescentes de saída.

Os carros iam embora. Poucos iam a pé, para cafés e restaurantes caros ao lado do colégio. Nada dela.

-Dr., o paciente das 18...- E ela simplesmente não veio.

Era frustrante. Estava preocupado pela manha, ainda repassando mentalmente o que diria e como agiria para no fim ela não aparecer e ainda por cima ficar decepcionado com isso.

-Mande-o entrar.

E o dia seguiu, pior que todos os outros, e sem ela.

De noite, parti sem mais para meu apartamento, passando na frente de um buteco velho e mal freqüentado. Um cabelo vermelho néon estava do lado de dentro e eu senti meu coração travar. Olhei melhor e senti um alivio com decepção voltarem a minha boca. Era apenas outra mulher qualquer.

Larguei meu carro, subi o elevador, adentrei meu apartamento e segui minha rotina de higiene. Não tinha fome, nem vontade de comer.

Pensei que dormiria fácil, já que estava exausto e esgotado emocionalmente. Grande erro. Demorei horas, eu acho, e quando consegui, tive um sonho que certamente me perseguiria por um bom tempo.

Estávamos nos dois novamente. Revivendo a cena do beijo. Sentia o calor de seu corpo, seu perfume marcante e o sabor de sorvete de morango de seu batom. Sua boca. Seu sabor próprio. Nossas respirações acelerarem, a falta de ar que nossa fome criou. Quando ela se afastou, foi para retirar meu óculos e dizer outra coisa. A cena começava a mudar.

-Você tem medo.

-Vá embora

-Você tem medo de admitir que gosta de mim. Que me ama e me deseja.

-Não é verdade.

-Você retribuiu meu beijo

-Eu

-Você quer! Apenas ignore-os! Eu imploro, Nathan, Eu preciso de você!

E antes que eu pudesse tira-la do meu colo ou argumentar, ela novamente tomava meus lábios. Era irresistível e inegavelmente errado. Não conseguia deixa-la ir dessa vez. Pelo contrario, agarrava-a ainda mais, apavorado com a possibilidade dela sumir e se enfiar num buteco qualquer, bebendo cerveja vagabunda e sendo agarrada por outro homem, um bêbado nojento.

Minhas mãos a apalpavam por inteiro, agarrando-a sempre mais, puxando-a sempre mais para mim, desesperado. Preciso de você.

Os outros não existiam, e ignorava completamente que a porta do escritório sempre ficava destrancada. Nada importava. Algo começava a endurecer e a incomodar dentro da minha calça e certamente eu estava ficando mais envergonhado a cada segundo. Tentei recobrar minha consciência e faze-la me largar. Consegui. Bia também notara algo crescer lá e começar a cutuca-la.

Queria fazer algo, mas estava perdido demais em seus olhos e em sua boca, vermelha pelo beijo. Ela sorria, divertindo-se com aquilo e me senti insultado. Eu era seu brinquedo! Mais um que ela exercia poder e manipulava a seu bel prazer.

-Ora sua... – E fui calado com outro beijo, tão voraz quanto o primeiro. Com a diferença que dessa vez ela parecia menos apaixonada e mais excitada. Novamente, não pensava, não ligava para o que ela planejava com aquilo tudo e apenas voltei a agarrar-me com minha paciente chegando a perder a noção de onde terminava meu corpo e começava o dela.

Até sentir uma de suas mãos descerem do meu pescoço, onde me abraçava, e irem de encontro ao zíper da minha calça. Alisando a região e me provocando. Meu coração batia com mais força agora. De excitação e ódio.

Segurei novamente seus braços, forçando a a se afastar de mim e a me encarar. Continuava a se divertir, e agora ria.

-Agora. –Ordenei. Seus olhos sempre divertidos e carinhosos, agora estavam pervertidos e cobiçosos. Já não ligava mais pro que aconteceria. Não permitiria que uma adolescentezinha me usasse. Eu quem a usaria.

Obedeceu. Saiu de meu colo e ajoelhou-se de frente para a poltrona. Apenas a observava com ódio. Já tinham me enganado uma vez, não aceitaria uma segunda. – Abra. – Ela abriu minha calça e abaixou minha roupa de baixo, buscando meu membro rígido e pondo-o para fora.

Cada segunda, as coisas se tornavam piores. Meus sentimentos se misturavam a cada toque, lambida que ela dava. Gemia, chamava por seu nome, queria sentir seu peso em meu colo novamente. Queria toma-la para mim ali mesmo, e que se exploda a ética!

Humilhantemente, agia como um verdadeiro virgem e acabei indo rápido demais. Ou foi um barulho irritante ao fundo. Um barulho agudo, insistente.

Acordei quase jogando o maldito despertador pela janela. Tinha esquecido me completamente na noite anterior de desliga-lo.

Notei algo molhado e gosmento tocando minhas genitais e tive a vergonhosa constatação que tive uma Polução noturna.

-Droga! – Tudo que conseguia dizer, tamanha minha vergonha e humilhação diante de um sonho. Sonhos são pessoais. Se eu o tive, foi porque meu inconsciente o quis. Mais do que depressa, me levantei e fui tomar um banho, tentando desacelerar meu coração e acalmar meu organismo. Em seguida, troquei toda a roupa de cama e joguei a suja na maquina, ainda que minha vontade fosse de tacar fogo nela.

-Bia...

Para a minha infelicidade, as três semanas que se seguiram foram exatamente iguais. Tinha sonhos terríveis com Beatrix durante a noite – quinta a noite ou sexta a noite, as vezes, nos dois dias - e ela parou de ir ao consultório, sem dar nenhum tipo de aviso antes ou explicação para suas ausências.

Quando finalmente passa um mês, e começo a simplesmente guardar todas as minhas coisas e dispensar gradativamente meus pacientes para começar a dedicação total como professor, ela surgem.

-Então...O que houve?

Silencio. Ela parecia ter sido levada ali a força. Estava com o uniforme impecável, sem maquiagem, a camisa branca fechada sem aparentar outra por baixo. Cabelos presos por uma trança. Estava, definindo rapidamente, outra garota.

-Beatrix Maxwell, quero a explicação para a sua ausência durante quatro semanas consecutivas. – Tentava instiga-la, impondo a voz ainda que de forma carinhosa.

Ok, não estava muito certo se queria ou não ouvir sua explicação. Alias, ao ponto em que eu estava, não fazia mais idéia alguma de nada para fazer. Sentia-me perdido num barco sem bússola depois de uma tempestade me arrastar para muito longe da minha rota, e o céu ainda coberto de nuvens. Sem ponto de referencia. Sem guia, sem nada.

-Você sabe muito bem porque não vim. – Ela ainda não tinha dirigido seus olhos até a minha pessoa, apenas os focava no carpete, em algum ponto qualquer e fazendo força para se manter assim.

-Não, eu não sei de nada. Você quem se retirou daqui da ultima vez as pressas, sem explicações. Eu as quero.

-Não seja Cínico! – E me fuzilou com um olhar que sinceramente, senti todos os meus órgãos internos congelarem. Sede.

-Não estou...

-Está. Sabe o que aconteceu da ultima vez, não tente ignorar. Sabe porque não vim até hoje, e deve saber também que se não fosse obrigada, não viria mais aqui.

E afinal, ela era realmente uma mimadinha que não aceitava perder um jogo.

-Pode acabar logo com isso de uma vez por todas, admitir que não preciso mais de tratamento e me liberar? – E lá se foi seu olhar pra algum ponto da sala longe de mim. Não. Não era uma garota mimada. Tinha algo em seus olhos que ela queria esconder e eu precisava saber, apesar do pavor de já imaginar o que seria.

-Não sei de nada sobre seu tratamento ter terminado. A partir do momento em que tem um rompante daqueles, não vejo como libera-la sem mais nem menos. – Tentei, me esforcei ao máximo para continuar com a linha profissional, ainda que minhas preocupações que realmente estivessem começando a dirigir aquela sessão.

-Bia...Por favor. – Ela se levantou para ir embora novamente. Instintivamente, levantei-me ao mesmo tempo e fui atrás dela. A impedi.

-Me larga! – Não estava gritando ainda, por sorte, mas tinha uma força considerável que aplicava pra tentar se livrar dos meus braços.

-Não! Agora me escute!

-Escutar o que!? Uma desculpa qualquer sua para esconder sua covardia?! Você retribuiu! Você queria tanto quanto eu mas é covarde demais pra fazer qualquer coisa! – Dizia quase aos gritos enquanto tentava cada vez mais desesperada se soltar dos meus braços. Felizmente, estava se cansando, sua raiva passava e eu pude ter a confirmação do que seus olhos queriam tanto esconder. Tristeza.

-Me solta... – Pediu, tentando falar o mais rápido possível para que eu não notasse a diferença. – Você não é só um especialista em medo por estudar, mas também por ser um covarde incurável! – O baque daquelas palavras a deu segundos de vantagem para conseguir se soltar e correr pro outro lado do cômodo. Queria ficar o mais longe possível de mim depois de ter tentado estar o mais próximo que a física permite. Se não fosse minha posição estratégica entre ela e a saída, certamente teria feito que nem da ultima vez, ido embora batendo a porta e sem mais.

Tinha passado um mês dormindo mal, comendo pouco e quase desmarcando todos os meus pacientes sempre que podia, tudo porque uma pirralha desgraçada tinha embaralhado minha cabeça, e para pior, ainda tinha que ouvi-la falar a verdade.

Não conseguia falar, não conseguia pensar, precisava resolver aquilo rápido antes que surgisse a oportunidade de fuga. – Bia...Por favor...Eu. – Antes que eu pudesse terminar, ambos fomos surpreendidos por um bater na porta e uma cabeleira loira pintada aparecer pela fresta.

- S-seu Café, Dr. Corbie. E...Bia! – Miranda tinha aberto a brecha perfeita para a garota fugir, e obviamente, ela não perdeu a oportunidade e enquanto estava me recuperando do susto e pavor momentâneo de ser pego naquela situação, Beatrix já estava do lado de fora, saindo do escritório e descendo as escadas correndo.

-Miranda! – Minha secretaria ficou branca feito papel, saiu de lá gaguejando desculpas enquanto eu tentava me orientar em meio ao Caos. Existe ordem no Caos, infelizmente é quase impossível nota-la quando se está dentro dele.

1 comentários:

Anônimo disse...

Eu toh pior que o caranquejo da pekena sereia: Beija logo a menina caffête! srsrsr XD

Kra, tah foda, de boa *-* eu começei a ler tipo ehh.. tahh... ahhh... ahh.... caralho Miranda! XD Toh curiosa *__* tah que nem The Tudors, em q o Henrique VIII ainda eh miguxo da igreja catolia, escreveu uma carta xingando Lutero..... q nem o "Crane" ainda são, responsável, ético.... >:3